Em um movimento que pode redefinir os rumos do conflito no Oriente Médio, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou estado de emergência nacional nesta quinta-feira (12/6), após o país lançar um ataque preventivo contra o Irã. A medida extrema veio acompanhada do fechamento do espaço aéreo israelense, em uma clara preparação para possíveis retaliações.
Segundo Katz, o ataque foi motivado por ameaças iminentes e visava prevenir uma ofensiva iraniana. “Espera-se um ataque com mísseis e drones contra o Estado de Israel e sua população civil num futuro próximo”, afirmou o ministro. A ação ocorre após meses de tensões crescentes entre os dois países, que já trocaram ataques diretos oito meses atrás.
Relatos da mídia estatal iraniana indicam que explosões foram ouvidas nas proximidades da capital Teerã, sugerindo que o ataque israelense pode ter atingido alvos estratégicos dentro do território iraniano.
O momento da ofensiva chama atenção: os Estados Unidos planejavam iniciar um diálogo diplomático com o Irã sobre o programa nuclear do país. Contudo, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, havia reafirmado no início da semana que o Irã continuará enriquecendo urânio — um passo essencial para a produção de armas nucleares.
O avanço do programa nuclear iraniano tem causado preocupação internacional, especialmente em Israel e nos EUA. Em outubro de 2024, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia declarado que impedir o Irã de adquirir uma arma de destruição em massa seria uma das principais prioridades de seu governo.
Com o ataque, Israel não apenas antecipa uma possível ameaça, mas também desafia os esforços diplomáticos liderados por Washington. A escalada pode desencadear uma nova onda de violência regional, com consequências imprevisíveis para a estabilidade global.
