Em uma escalada dramática das tensões no Oriente Médio, Israel lançou um ataque aéreo contra o Irã nesta quinta-feira (12/6), mirando supostas instalações nucleares. A ofensiva, classificada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) como “preventiva”, ocorre após meses de ameaças mútuas entre os dois países, que são rivais históricos.
Segundo o comunicado das FDI, dezenas de jatos participaram da operação, que atingiu múltiplos alvos militares e nucleares em diversas regiões iranianas. A mídia estatal do Irã, no entanto, confirmou apenas explosões na capital, Teerã, sem detalhar os danos ou vítimas. O texto divulgado pelas forças israelenses sugere que esta ação pode ser apenas o início de uma campanha militar mais ampla contra o regime iraniano.
O ataque acontece poucos dias antes de uma nova rodada de negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos, marcada para o próximo domingo (15/6) em Omã. A ofensiva pode minar qualquer possibilidade de acordo, já que o Irã havia sinalizado que responderia com força a qualquer agressão ao seu território — incluindo alvos israelenses e bases norte-americanas na região.
Nos bastidores, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já vinha aumentando a pressão sobre Teerã, especialmente em relação ao programa nuclear iraniano, que Israel considera uma ameaça existencial. Em outubro de 2024, Netanyahu declarou que impedir o Irã de obter armas nucleares era uma prioridade nacional.
Vale lembrar que, em abril, uma operação semelhante foi abortada após o então presidente dos EUA, Donald Trump, se posicionar contra uma ação militar israelense. Agora, com o ataque consumado, Israel decretou estado de emergência e fechou seu espaço aéreo, temendo retaliações.
Com a tensão no limite e a diplomacia em segundo plano, o mundo observa apreensivo os próximos passos dessa crise que pode desencadear um conflito regional de grandes proporções.


