Em um movimento que elevou dramaticamente a tensão no Oriente Médio, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quinta-feira (12/6) que a ofensiva militar contra o Irã continuará “pelo tempo que for necessário”. O ataque, classificado como “preventivo”, teve como alvo instalações nucleares iranianas, segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Netanyahu justificou o bombardeio afirmando que o Irã estaria próximo de produzir armas nucleares, com urânio suficiente para fabricar até nove bombas atômicas — uma alegação feita sem apresentar provas. Em tom alarmista, o premiê declarou: “Hoje, o estado judeu recusa ser vítima de um holocausto nuclear perpetrado pelo regime iraniano”.
A mídia estatal iraniana confirmou apenas explosões em Teerã, sem mencionar danos a instalações nucleares. Ainda não há informações precisas sobre vítimas ou a extensão dos estragos.
O ataque ocorre em um momento delicado, poucos dias antes de uma nova rodada de negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos, marcada para o domingo (15/6) em Omã. A ação israelense pode comprometer os já frágeis avanços diplomáticos.
Netanyahu também aproveitou o pronunciamento para agradecer ao ex-presidente americano Donald Trump por sua postura firme contra o programa nuclear iraniano, e afirmou que a ofensiva “vai ajudar a fazer do mundo um lugar mais seguro”.
A escalada militar gerou reações imediatas: Israel declarou estado de emergência e fechou seu espaço aéreo. Observadores internacionais temem que o confronto possa se transformar em um conflito regional de grandes proporções, envolvendo outras potências.
A justificativa de Israel para o ataque — impedir o avanço do programa nuclear iraniano — reacende o debate sobre ações unilaterais em nome da segurança nacional e o risco de guerras preventivas. O mundo agora observa atentamente os desdobramentos dessa nova fase de tensão, que pode redefinir o equilíbrio geopolítico do Oriente Médio.


