O Brasil solicitou oficialmente o reconhecimento da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pela eliminação da transmissão vertical do HIV, que ocorre da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação. Em 2023, a taxa foi inferior a 2%, e a incidência da infecção em crianças ficou abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.
O relatório com os dados foi entregue na última terça-feira (03), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a abertura do XV Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, no Rio de Janeiro.
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Segundo o Ministério da Saúde, o pedido é resultado de décadas de políticas públicas voltadas ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco no diagnóstico precoce, no acesso ao tratamento com antirretrovirais e no acompanhamento de gestantes vivendo com HIV.
“Essa conquista é fruto do trabalho incansável de profissionais da saúde, estados, municípios e da reconstrução do SUS, liderada hoje com firmeza pelo presidente Lula e pela ministra Nísia Trindade”, afirmou Padilha.
A iniciativa integra a EMTCT Plus, promovida pela OPAS, que busca eliminar a transmissão vertical não só do HIV, mas também da sífilis, hepatite B e doença de Chagas.
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De acordo com o infectologista pediátrico Marcelo Otsuka, o tratamento adequado reduz drasticamente o risco de transmissão. “Com o tratamento adequado, a taxa de transmissão vertical é menor que 1%”, afirmou à revista CRESCER. Entre as medidas eficazes estão o diagnóstico no início do pré-natal, o uso de antirretrovirais e a substituição da amamentação por fórmula infantil.
Apesar dos avanços, ainda há desafios. “Ainda temos mães que descobrem a infecção tardiamente ou mesmo após o parto, e isso compromete a saúde da criança”, alertou a pediatra Maria Cristina Lopes, coordenadora do programa estadual de ISTs/Aids de São Paulo.
A eliminação da transmissão vertical do HIV é um marco possível por meio de ações preventivas integradas, que incluem diagnóstico precoce, acompanhamento médico e informação acessível.
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