Os irmãos Lyle e Erik Menendez, condenados em 1996 pelo assassinato dos próprios pais, tiveram recentemente um pedido de liberdade condicional negado pelas autoridades da Califórnia. O caso, que chocou os Estados Unidos nos anos 1990, voltou a ganhar atenção após uma reavaliação judicial com base em mudanças nas leis do estado que permitem a revisão de penas aplicadas a jovens adultos.
Na época do crime, Lyle tinha 21 anos e Erik, 18. Eles foram condenados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional após confessarem o assassinato de José e Kitty Menendez, alegando anos de abuso físico e emocional. A defesa dos irmãos sempre sustentou que o crime foi motivado por um histórico de violência familiar, argumento que voltou à tona nas recentes tentativas de revisão do caso.
Apesar da nova legislação californiana permitir que casos antigos sejam reavaliados, principalmente quando envolvem jovens adultos e alegações de abuso, a junta de liberdade condicional decidiu manter a condenação original. A decisão, no entanto, não é definitiva: caberá ao governador Gavin Newsom a palavra final sobre a possibilidade de libertação dos irmãos.
O caso Menendez tem sido revisitado por meio de documentários, séries e debates nas redes sociais, reacendendo discussões sobre justiça, abuso doméstico e o sistema prisional norte-americano. Ainda assim, a decisão recente indica que, por enquanto, os irmãos continuarão cumprindo suas penas em prisões separadas na Califórnia.


