Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador do Rio de Janeiro, utilizou seu perfil na rede social X para relatar a visita que fez ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP), na última sexta-feira (29/8). Em sua publicação, Carlos descreveu o encontro e compartilhou preocupações sobre o estado físico e emocional do ex-presidente.
Segundo ele, Bolsonaro está visivelmente debilitado, com perda de peso significativa, falta de apetite e enfrentando crises constantes de soluços e vômitos. “É muito doloroso ver essa situação, mas sinto que é meu dever dividir um pouco dessa realidade com todos que sofrem conosco”, escreveu.
Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito 4.995. A investigação apura uma possível tentativa de interferência de Bolsonaro e de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no processo penal que trata da suposta tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente responde por cinco crimes, incluindo o de tentativa de abolir, de forma violenta, o Estado Democrático de Direito. De acordo com a apuração, o objetivo seria manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas eleições de 2022.
Na mesma publicação, Carlos criticou a prisão domiciliar imposta ao pai, classificando-a como “ilegal e desumana”. Ele também afirmou sentir saudades, apesar de ter estado com Bolsonaro apenas uma semana antes. “Hoje tive a chance de estar novamente ao lado dele, ainda que em silêncio por vezes, apenas para estar presente”, relatou.
O vereador agradeceu as orações recebidas e incentivou os apoiadores a continuarem firmes, encerrando a mensagem com um pedido de abraço coletivo.
O julgamento de Jair Bolsonaro no STF está marcado para começar na próxima terça-feira (2/9). Ele será julgado juntamente com outras sete pessoas apontadas como integrantes centrais da suposta conspiração golpista: o tenente-coronel Mauro Cid (colaborador da Justiça), o deputado Alexandre Ramagem, o almirante Almir Garnier, o ex-ministro Anderson Torres e os generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.


