Nesta quinta-feira (11/9), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou seu voto no julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe. Em sua manifestação, a magistrada destacou o caráter singular do caso, afirmando que, embora seja mais um processo entre tantos que o STF deve julgar, este carrega um simbolismo especial. “É um processo como outros, mas nele pulsa o Brasil que me dói”, declarou.
Segundo a ministra, essa ação penal representa um confronto do país com sua própria trajetória, abrangendo passado, presente e futuro, especialmente no que diz respeito às políticas públicas e às instituições estatais. O julgamento foi retomado pela Primeira Turma do STF às 14h22, com o voto de Cármen Lúcia podendo ser determinante para o desfecho do caso, já que o placar está em 2 a 1 pela condenação dos réus.
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já haviam se posicionado favoravelmente à condenação de todos os acusados. Por outro lado, Luiz Fux divergiu, votando pela absolvição da maioria, incluindo Bolsonaro. A expectativa é que Cármen Lúcia também se pronuncie sobre a discordância de Fux, que, em seu voto, impediu apartes. Após a ministra, o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, deve apresentar seu voto.
O julgamento, que pode ter consequências significativas para o cenário político nacional, está sendo acompanhado de perto por diversos setores da sociedade. A sessão também está sendo transmitida ao vivo pelo canal oficial do STF no YouTube.


