
Elizabeth Báthory, conhecida como a “Condessa de Sangue”, é considerada por muitos como a maior serial killer da história. Nascida em 1560, na Hungria, ela teria torturado e assassinado até 650 meninas e mulheres em seu castelo, localizado onde hoje é a Eslováquia. Entre as lendas mais sombrias, há relatos de que ela tomava banhos de sangue das vítimas para manter a juventude.
As suspeitas sobre seus crimes surgiram no início do século 17, quando a realeza investigou as denúncias. Quatro servos foram julgados e executados, mas Elizabeth jamais foi formalmente processada. Ela foi confinada em seu próprio castelo até morrer, em 1614.
Apesar da fama, estudiosos modernos questionam a veracidade das acusações. A pesquisadora Annouchka Bayley argumenta que a ausência de provas concretas e o contexto patriarcal da época sugerem que Elizabeth pode ter sido alvo de uma conspiração política. Viúva desde 1604, ela administrava sozinha vastas propriedades, recusava novos casamentos e comandava uma gráfica, algo raro para mulheres da época.
Alguns historiadores acreditam que as acusações serviram para enfraquecê-la politicamente e permitir a redistribuição de suas terras. Assim, a figura da condessa teria sido transformada em mito sangrento ao longo dos séculos.
Na vila de Čachtice, onde ficava o castelo, ainda há divisão: parte da população crê em sua inocência, enquanto outros defendem que os crimes ocorreram. O local hoje abriga um museu e é ponto turístico.
O paradeiro de seus restos mortais também é incerto. Embora registros indiquem que foi enterrada na igreja local, rumores dizem que o corpo foi retirado para evitar profanações. Isso só aumenta o mistério em torno de sua figura.
A história de Elizabeth Báthory permanece envolta em lendas e controvérsias. Para alguns, ela é símbolo de crueldade; para outros, uma mulher poderosa silenciada pela sociedade patriarcal e interesses políticos. A verdade, talvez, jamais seja totalmente conhecida.


