
Joseph Cibelli, ex-cabeleireiro e estudante de direito na Califórnia, afirma que seu pai, Daniel Raymond Drozd, confessou em seu leito de morte, em 2023, ser o responsável pelos infames assassinatos por envenenamento com cápsulas de Tylenol em 1982, que mataram sete pessoas na região de Chicago, nos Estados Unidos.
Segundo Cibelli, Drozd admitiu ter colocado cianeto nas cápsulas do medicamento e revelou o crime a um funcionário de um centro de cuidados paliativos e ao próprio irmão de Joseph. Drozd tinha 32 anos na época dos crimes e trabalhava com galvanoplastia, processo que utiliza cianeto, além de ter sido policial em Lyons, Illinois — cidade próxima aos locais onde os frascos contaminados foram comprados.
Os assassinatos levaram à retirada de mais de 31 milhões de frascos do mercado e mudaram para sempre a forma como medicamentos são embalados nos EUA. No entanto, o caso permanece oficialmente sem solução após mais de quatro décadas.
Cibelli afirma ter encontrado provas que conectam seu pai aos crimes, incluindo um dispositivo de enchimento de cápsulas, livros com instruções sobre venenos e explosivos, e um copo rosa com resíduos de cianeto, que teria sido destruído por Drozd em uma fogueira. Ele também lembra de momentos perturbadores da infância, como o comentário insensível do pai durante o funeral de três vítimas da família Janus.
A motivação, segundo Cibelli, pode ter sido um trauma de infância de Drozd, que quase morreu ao ingerir um medicamento infantil com sabor. Ele teria desenvolvido uma obsessão em forçar a indústria farmacêutica a adotar lacres de segurança, mesmo que isso custasse vidas humanas.
Cibelli está escrevendo um livro sobre sua experiência e acredita que seu pai pode ter sido responsável por outras mortes. A polícia de Chicago não comentou as alegações.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ainda não se pronunciou sobre a possível reabertura do caso, que continua a assombrar a memória coletiva dos norte-americanos.


