O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que todos os reféns mantidos pelo grupo Hamas na Faixa de Gaza — incluindo os 20 sobreviventes e os corpos de 28 mortos — podem ser libertados até o final desta semana. A declaração foi feita em meio a negociações intensas, impulsionadas por um acordo intermediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo Netanyahu, Israel está “à beira de uma grande conquista” e o acordo, que prevê a retirada gradual das Forças de Defesa de Israel (IDF) do território, representa uma “chance de vitória”. Ele expressou esperança de que a libertação ocorra ainda durante o feriado judaico de Sukkot, que começou hoje e dura uma semana. “Com a ajuda de Deus, nos próximos dias, poderemos anunciar o retorno de todos os reféns — vivos e mortos — de uma só vez”, declarou.
Apesar do otimismo, o processo enfrenta obstáculos. O Hamas exigiu ajustes no acordo, o que frustrou as expectativas de uma libertação já nesta terça-feira, data que marca o segundo aniversário dos ataques de 7 de outubro. Além disso, mediadores alertaram que o grupo terrorista perdeu o controle sobre a localização de alguns corpos, o que dificulta o cumprimento integral do pacto.
Fontes próximas às negociações apontam que, embora representantes do Hamas baseados no Catar tenham aceitado os termos, combatentes do grupo no território ainda resistem. Equipes médicas israelenses estão de prontidão no sul do país para receber os reféns sobreviventes, muitos dos quais estariam em estado crítico após dois anos de cativeiro.
O presidente Donald Trump, que liderou os esforços diplomáticos, alertou o Hamas de que não aceitará atrasos. Em discurso, compartilhou um mapa do plano de retirada de Israel e declarou: “Movam-se rápido, ou todas as apostas estarão canceladas”.


