Poucos dias após a prisão de Ed Gein em 1957 pelo assassinato de uma comerciante em Wisconsin, uma mulher de 50 anos chamada Adeline Watkins afirmou ter sido namorada do infame assassino por duas décadas. Ela chegou a dizer que quase se casou com Gein dois anos antes de sua prisão, descrevendo-o como um homem “gentil e bom”.
Watkins revelou ao jornal Minneapolis Tribune que o último encontro com Gein ocorreu em fevereiro de 1955 e que recusou sua proposta de casamento por insegurança pessoal. Segundo ela, Gein era tão atencioso que ela se sentia em dívida: “Eddie era tão legal em fazer o que eu queria que às vezes eu achava que estava me aproveitando dele”, afirmou.
Durante seu relato, Watkins descreveu Gein como um homem reservado, que preferia milkshakes a bebidas alcoólicas e gostava de conversar sobre livros e crimes — embora nunca tenha mencionado os assassinatos que cometeu. Sua mãe também o descreveu como educado e pontual.
No entanto, poucos dias após essas declarações ganharem manchetes, Watkins voltou atrás. Ela negou ter tido um relacionamento amoroso com Gein, dizendo que eram apenas amigos que às vezes iam ao cinema juntos. Também afirmou nunca ter entrado na casa dele. Apesar da retratação, manteve a descrição de Gein como alguém “quieto e educado”, embora tenha negado tê-lo chamado de “doce”.
A verdadeira natureza da relação entre Watkins e Gein permanece envolta em mistério. Gein nunca comentou publicamente sobre essa ligação. Adelaide Fern Watkins faleceu em 10 de junho de 1992, aos 85 anos, e foi enterrada em sua cidade natal, Plainfield.
A história ganhou nova atenção com a estreia da série da Netflix “Monster: The Ed Gein Story”, criada por Ryan Murphy. Na produção, o ator Charlie Hunnam interpreta Gein, enquanto Suzanna Son dá vida a Adeline Watkins. A série explora a vida e os crimes de Gein, que inspiraram personagens icônicos do terror, como Norman Bates e Buffalo Bill.


