Durante um julgamento no tribunal de Leicester, no Reino Unido, Julia Wandelt, de 24 anos, afirmou ter aproximadamente 70% de compatibilidade genética com Madeleine McCann, a criança britânica desaparecida em 2007. A jovem, que é acusada de perseguir Kate McCann, mãe de Madeleine, declarou que a família se recusa a reconhecer as supostas evidências de DNA apresentadas por ela.
Segundo promotores, Wandelt teria iniciado uma campanha de assédio entre junho de 2022 e fevereiro de 2025. Ela teria ligado mais de 60 vezes em um único dia para Kate, enviado cartas assinadas como “Madeleine x” e até aparecido na casa da família McCann, insistindo na realização de um teste de DNA. As autoridades, no entanto, já descartaram qualquer vínculo biológico entre Wandelt e a família McCann.
Durante o julgamento, gravações revelaram que Julia disse frases como “Se eu não for Madeleine, por que vocês não fazem um teste de DNA?” e “Eu realmente acredito que sou ela”. Ela também afirmou que Madeleine não está morta, contrariando a crença da família.
Kate McCann, em seu depoimento, relatou o grande sofrimento emocional causado pelas ações da acusada. Ela afirmou que chegou a ter momentos de dúvida, especialmente quando Wandelt a chamava de “mãe”, mas declarou que reconheceria sua filha se a visse em uma foto. A mãe ainda descreveu como aterrorizante o episódio em que Julia apareceu à porta de sua casa à noite.
Julia Wandelt e uma co-ré, Karen Spragg, de 61 anos, negam as acusações de perseguição que teriam causado “alarme ou angústia severa”. O julgamento segue em andamento, enquanto a família McCann tenta preservar sua privacidade e bem-estar emocional diante de mais um capítulo perturbador no caso que há anos comove o mundo.


