Durante visita à Malásia para a 47ª Cúpula da ASEAN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Brasil e Estados Unidos devem chegar a um entendimento satisfatório sobre as tarifas comerciais e sanções aplicadas a autoridades brasileiras. O comentário foi feito após reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, ocorrida no domingo (26/10), em Kuala Lumpur.
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Lula entregou pessoalmente a Trump um documento detalhando os pontos que o Brasil deseja discutir, destacando que o encontro foi além de uma conversa informal. O presidente brasileiro acredita que há boas chances de um acordo e que, caso sua equipe enfrente obstáculos nas negociações, ele mesmo voltará a falar diretamente com Trump.
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De acordo com Lula, os temas centrais das tratativas incluem a tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros, além das sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O presidente enfatizou que as punições se baseiam em informações falsas, como a de que o Brasil estaria em déficit comercial, quando na verdade possui superávit.
As negociações entre os dois países devem iniciar formalmente ainda nesta segunda-feira (27/10), com equipes técnicas lideradas pelos ministros Fernando Haddad, Mauro Vieira e Geraldo Alckmin, representando o Brasil. Do lado americano, o processo será conduzido pelo representante de Comércio, Jamieson Greer.
Em entrevista coletiva, o chanceler Mauro Vieira informou que já se reuniu com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e que um cronograma de encontros será definido para discutir os setores mais impactados pelas tarifas. O objetivo é obter avanços concretos nos próximos dias.
Trump também comentou sobre o encontro, dizendo que as conversas foram produtivas e que há boas perspectivas de firmar acordos positivos. Ele afirmou estar confiante em estabelecer uma relação sólida com o governo brasileiro.


