O mundo está em estado de alerta após um ataque aéreo realizado por Israel contra instalações nucleares no Irã, na quinta-feira (12/6). A ofensiva, confirmada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), atingiu diferentes áreas, incluindo a capital Teerã, e causou a morte de figuras importantes do regime iraniano, como o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, o comandante sênior Gholamali Rashid, e os cientistas nucleares Fereydoun Abbasi e Mohammad-Mehdi Tehranchi.
O governo iraniano prometeu uma retaliação severa. Em comunicado oficial, as Forças Armadas do Irã afirmaram que tanto Israel quanto os Estados Unidos “pagarão um preço alto” e alertaram que bases americanas no Oriente Médio podem ser alvos de ataques. Apesar de os EUA negarem envolvimento direto na operação, o apoio histórico ao Estado judeu coloca Washington no centro das tensões.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, justificou o ataque como uma medida preventiva, alegando que o Irã possui urânio suficiente para construir até nove bombas atômicas. Ele afirmou que a operação continuará “por tantos dias quanto forem necessários” para eliminar a ameaça. Em resposta, tanto Israel quanto o Irã decretaram estado de emergência e fecharam seus espaços aéreos.
O Irã, por sua vez, intensificou sua retórica contra os EUA e três países europeus, acusando-os de conduzirem uma campanha política e psicológica para desacreditar seu programa nuclear. Em paralelo, reforçou sua aliança com a Rússia, afirmando que a cooperação bilateral entre os dois países continuará a se expandir.
O ataque reacende o temor de uma escalada militar no Oriente Médio envolvendo potências globais. A história de rivalidade entre Israel e Irã, marcada por acusações mútuas e ataques indiretos por meio de grupos aliados, agora ganha um novo capítulo com potencial de desestabilizar toda a região.


