Em uma declaração conjunta divulgada durante a cúpula do G7 no Canadá, os líderes das maiores economias do mundo expressaram forte apoio a Israel diante da crescente tensão com o Irã. O documento, assinado inclusive pelo presidente dos EUA, Donald Trump, classifica o Irã como “a principal fonte de instabilidade e terror regionais” e reforça que “Israel tem o direito de se defender”.
A tensão entre os dois países se intensificou após um ataque preventivo de Israel, realizado na última quinta-feira (12/6), contra instalações do programa nuclear iraniano. O governo israelense vinha há semanas aumentando o tom contra o regime do aiatolá Ali Khamenei, alegando que o avanço nuclear do Irã representa uma ameaça direta. A ofensiva elevou a instabilidade no Oriente Médio, reacendendo temores de um conflito de grandes proporções.
O G7 também reiterou que o Irã jamais poderá obter uma arma nuclear e pediu esforços para conter a escalada, incluindo um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Apesar do apelo por paz, o tom da nota é firme ao responsabilizar Teerã pela tensão crescente na região.
Em paralelo, Trump surpreendeu ao deixar a cúpula antes do previsto e, em sua rede Truth Social, negou que sua partida tivesse relação com negociações de cessar-fogo, como havia afirmado o presidente francês Emmanuel Macron. Em um gesto dramático, Trump também pediu que a população de Teerã evacue a cidade imediatamente, acendendo ainda mais o alerta global.
A reunião do G7, que conta com a presença de líderes de Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, EUA e União Europeia, segue até esta terça-feira (17/6). O encontro ocorre sob o peso de uma possível guerra e do impacto que o conflito pode gerar nos mercados internacionais de energia — tema que também preocupa os países-membros.
A crise entre Israel e Irã, agora com o respaldo explícito do G7 à posição israelense, marca um novo e perigoso capítulo nas relações internacionais do Oriente Médio.


