Em mais um capítulo explosivo da crescente tensão entre Donald Trump e Elon Musk, o presidente dos Estados Unidos deixou no ar a possibilidade de deportar o bilionário sul-africano. Durante uma coletiva nesta terça-feira (1º/7), ao ser questionado sobre a situação imigratória de Musk, Trump declarou que o governo “terá de dar uma olhada nisso”, alimentando especulações sobre uma possível retaliação política.
A ameaça surgiu em meio à visita de Trump a um centro de detenção de imigrantes na Flórida. Usando seu icônico boné vermelho com os dizeres “Golfo da América”, o presidente também ironizou a situação ao afirmar que o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), anteriormente chefiado por Musk, poderia ser usado contra ele. “Doge é o monstro que pode ter de voltar e comer Elon. Isso não seria horrível?”, provocou.
A relação entre Trump e Musk, antes marcada por elogios e apoio político mútuo, azedou de vez após críticas públicas do dono da Tesla a um projeto orçamentário do governo. Musk acusou o plano de ser “caro demais” e contraditório com os esforços de corte de gastos que ele mesmo liderava no Doge. Em resposta, Trump disse estar “decepcionado” e sugeriu que Musk havia sido previamente informado, insinuando traição.
A troca de farpas se intensificou nas redes sociais. Musk, em sua conta no X (antigo Twitter), respondeu com ironia às ameaças: “É muito tentador intensificar isso. Mas vou me conter por enquanto”. Trump, por sua vez, ameaçou cortar subsídios e contratos públicos com as empresas de Musk, como Tesla e SpaceX — que mantém parcerias bilionárias com a Nasa e o Departamento de Defesa.
O bilionário, irritado, retrucou lembrando que investiu quase US$ 300 milhões nas campanhas republicanas e sugeriu que, sem sua ajuda, Trump teria perdido a eleição. Em tom ainda mais agressivo, Musk insinuou apoio a um possível impeachment do presidente e mencionou o polêmico caso Jeffrey Epstein para atingir Trump.
O embate entre os dois gigantes promete esquentar ainda mais o cenário político norte-americano.
