A confeiteira Vitoria Penso, de 27 anos, transformou um doce que viralizou na internet em um negócio lucrativo em Boa Vista (RR). Durante o São João no Parque Anauá, ela vendeu mais de 2 mil unidades do “morango do amor” em apenas dois dias e faturou cerca de R$ 34 mil.
O doce é feito com uma casquinha de açúcar caramelizado vermelha e crocante, recheio de brigadeiro de leite ninho e um morango no centro. Vitoria começou a produção no início de junho, após planejar a novidade desde o fim de 2024. “É um sucesso. A gente sempre busca tendências fora de Roraima e traz para o nosso estado como uma maneira de se diferenciar”, afirmou em entrevista ao g1.
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Segundo a confeiteira, a ideia surgiu ainda em dezembro, antes de o doce se tornar febre nas redes sociais. O projeto ganhou força em maio, quando ela fez um curso em Minas Gerais para aprender a receita. “Em Minas, eu gravei um vídeo e falei: ‘vim aqui e aprendi [a fazer] o morango do amor. Se vocês [seguidores] comentarem muito, eu vou levar para o arraial em Boa Vista’. A gente chegou no dia 2 de junho e no dia 3 a gente lançou, e desde então estou vendendo morangos do amor”, contou.
No início, a produção era feita apenas por Vitoria, que também vende bolos, pudins e brigadeiros. Com o aumento da demanda, cinco pessoas passaram a atuar exclusivamente na produção do doce, que hoje custa R$ 17.
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A procura intensa trouxe outro desafio: o fornecimento de morangos. Como Roraima não cultiva a fruta em larga escala, Vitoria importa de fornecedores de São Paulo. “A gente mora no extremo Norte do país e isso prejudica a chegada de morangos de qualidade aqui. Então, eles [fornecedores] vão priorizar o morango de São Paulo, as confeitarias de São Paulo, do Sudeste, Centro-Oeste. Então, aqui a gente começou a ter um desperdício muito grande e precisou aumentar [o valor do morango]”, explicou.
Durante o São João no Parque Anauá, a confeiteira produziu cerca de mil unidades em um único dia e esgotou mais de 200 em apenas uma hora e meia. A nova remessa só foi reposta no fim da noite, gerando fila de espera. A autônoma Gabriella Monteiro, de 25 anos, foi uma das que encarou a fila duas vezes para experimentar o doce. “A gente acaba ficando curioso para experimentar por conta dessa febre que a gente está vendo na internet. A minha curiosidade é a questão da textura, porque eu não sou muito adepta à maçã [do amor]. E aí, talvez, a experiência com o morango do amor seja diferente justamente nessa questão de quando a gente vai experimentar a textura”, disse ao g1.
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