O ex-cantor Rafael Ilha, conhecido por sua participação no grupo Polegar e no reality show A Fazenda, gerou grande repercussão negativa ao criticar publicamente o velório da cantora Preta Gil, realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia, que aconteceu na manhã de sexta-feira (25/7), foi marcada por homenagens de fãs, amigos e familiares da artista, falecida no domingo anterior (20/7).
Durante entrevista ao programa de rádio Chupim, da Metropolitana FM, Ilha afirmou que era “muita pretensão” realizar o velório em um local tão emblemático. “Ela não era uma cantora top brasileira, não era uma cantora que fez muito sucesso, nada disso. É muita pretensão”, declarou. Além disso, ele questionou a fortuna atribuída a Preta Gil, alegando que ela teria gasto R$ 37 milhões em tratamento nos Estados Unidos e deixado uma herança de R$ 300 milhões — números que, segundo o site Folha Econômica, estão inflados, já que a herança real gira entre R$ 20 e R$ 30 milhões.
Procurado pela coluna de Fábia Oliveira, Rafael Ilha não demonstrou arrependimento pelas declarações. “O que eu penso, eu já falei”, disse, acrescentando que não se importa com as críticas recebidas.
As reações nas redes sociais foram majoritariamente negativas. Internautas acusaram o ex-cantor de oportunismo e desrespeito. Comentários como “todo mundo querendo aparecer em cima da morte da menina” e “lamentável um cara que lutou tanto para sair do mundo das drogas usar seu papel de influencer para destilar ódio” resumem o tom das críticas. Muitos destacaram ainda a importância cultural de Preta Gil e o direito da artista de ser homenageada da forma como desejava.
A fala de Rafael Ilha reacendeu debates sobre respeito póstumo, racismo estrutural e o papel da mídia e influenciadores na cobertura de lutos públicos.


