Durante evento em Osasco (SP) nesta sexta-feira (25/7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou duramente a postura da família Bolsonaro diante das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. Segundo Lula, o ex-presidente Donald Trump foi induzido a acreditar numa “mentira” de que Jair Bolsonaro está sendo perseguido politicamente no Brasil, o que teria motivado o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto.
Lula acusou a família Bolsonaro de “trair a nação” ao incentivar essa narrativa e tentar influenciar Trump a adotar medidas contra o país. Ele ironizou o comportamento dos bolsonaristas, que, segundo ele, se diziam patriotas ao vestir a camisa da Seleção Brasileira, mas agora estariam “agarrados na bota” do presidente americano, pedindo intervenção estrangeira.
O presidente mencionou ainda que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), responsável por negociações comerciais, tem feito contatos diários com autoridades dos EUA para tentar reverter a decisão, mas, segundo Lula, “ninguém quer conversar com ele”. Apesar disso, Alckmin afirmou recentemente que manteve conversas reservadas com o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick.
Lula também fez um apelo direto a Trump, dizendo que o Brasil está disposto a dialogar e mostrar a verdade sobre a situação política do país. “Trump, no dia que você quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado”, declarou.
O discurso ocorreu durante o anúncio de investimentos de R$ 4,6 bilhões do programa “Novo PAC Seleções 2025 Periferia Viva – Urbanização de Favelas”. No palco, Lula posou com a bandeira do Brasil e reforçou que os símbolos nacionais pertencem ao povo, não a grupos políticos.


