O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta sexta-feira (22/8), em Bogotá, Colômbia, da cúpula de países amazônicos com o objetivo de angariar apoio para a criação de um fundo internacional voltado à preservação de florestas tropicais. Batizado de “Fundo Florestas Tropicais Para Sempre” (TFFF, na sigla em inglês), a proposta foi idealizada pelo Brasil e será oficialmente lançada durante a COP30, em novembro, em Belém (PA).
Estimado em US$ 125 bilhões, o fundo terá um modelo de financiamento híbrido: 20% de recursos públicos e 80% provenientes da iniciativa privada. Diferente de doações, as contribuições serão tratadas como investimentos, com retorno financeiro anual para os participantes, como se fossem títulos do mercado. No entanto, ainda não há confirmação de aporte por parte do governo brasileiro, e a decisão dependerá do Ministério da Fazenda.
Durante a cúpula, Lula e outros chefes de Estado terão encontros com lideranças indígenas e representantes da sociedade civil. Também está prevista uma reunião reservada entre os presidentes, ao fim da qual deve ser divulgada a “Declaração de Bogotá”, documento com consensos sobre a agenda ambiental da região.
Além de Brasil e Colômbia, participam da cúpula representantes de Bolívia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Apenas Brasil, Colômbia e Bolívia estão representados por seus presidentes. O Equador enviou sua vice-presidente, e os demais países estão representados por ministros.
Lula chegou a Bogotá na noite de quinta-feira (21/8), acompanhado apenas pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e pelo assessor especial Celso Amorim. A primeira-dama Janja e os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Marina Silva (Meio Ambiente), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) já estavam na capital colombiana para atividades prévias à cúpula.
Esta é a terceira visita de Lula à Colômbia em seu atual mandato e sua 11ª viagem internacional apenas em 2025, ano em que já visitou 13 países, reforçando seu compromisso com a agenda ambiental e diplomática do Brasil.
