Calum Macdonald, de 23 anos, perdeu a visão após ser envenenado por metanol durante uma viagem ao Sudeste Asiático, em novembro passado. Ele estava em Vang Vieng, no Laos, hospedado no Nana Backpacker Hostel, onde doses gratuitas de uísque e vodca eram oferecidas aos hóspedes. No dia seguinte, ao cruzar a fronteira com o Vietnã, Calum percebeu que algo estava errado com sua visão, que se tornou completamente turva e caleidoscópica. Pouco tempo depois, foi confirmado que ele havia ingerido bebidas contaminadas com metanol, substância altamente tóxica.
Seis pessoas morreram naquele episódio, incluindo duas jovens dinamarquesas que Calum havia conhecido. Outras vítimas britânicas também faleceram em situações semelhantes na região, como Simone White, de 28 anos, que morreu após consumir bebidas no mesmo albergue; Kirsty McKie, de 38 anos, que foi contaminada em Bali; e Cheznye Emmons, que ingeriu gim adulterado em Sumatra.
O metanol é um tipo de álcool industrial usado em produtos de limpeza e combustíveis, mas pode contaminar bebidas alcoólicas mal fabricadas. A ingestão de pequenas quantidades — apenas 30 ml — pode ser fatal. Os sintomas iniciais se assemelham aos de uma ressaca, o que dificulta o diagnóstico precoce. Em casos graves, pode causar cegueira, coma e morte.
Calum e os familiares das vítimas agora fazem campanha por maior conscientização e exigem que o governo britânico emita alertas mais enfáticos sobre os riscos de intoxicação por metanol em destinos turísticos do Sudeste Asiático. Ele afirma que, apesar das dificuldades com a cegueira, sente-se grato por estar vivo e quer evitar que outros passem pelo mesmo. Seu conselho aos turistas é evitar bebidas destiladas gratuitas e optar por cervejas industrializadas.


