A Justiça da Itália decidiu, nesta quinta-feira (28/8), manter a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) presa no Instituto Penitenciário de Rebibbia, em Roma, enquanto aguarda o andamento do processo de extradição para o Brasil. A parlamentar está detida desde o dia 29 de julho, após permanecer quase um mês foragida da Justiça brasileira.
Na quarta-feira (27/8), Zambelli participou de uma nova audiência na qual foi apresentado um laudo médico oficial. O documento concluiu que a deputada tem condições de permanecer presa, desde que receba tratamento médico adequado. A defesa de Zambelli, no entanto, argumenta que ela sofre de pelo menos 10 doenças, conforme relatório elaborado por peritos contratados de forma independente, com quase 90 páginas, tentando demonstrar que a saúde da parlamentar está comprometida e agravada desde sua detenção.
Além disso, a Justiça italiana considerou que, caso a prisão fosse revogada, haveria risco de fuga por parte da deputada.
Zambelli foi condenada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, além da perda do mandato, por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, após perseguir armada o jornalista Luan Araújo, apoiador do presidente Lula. Esta é sua segunda condenação no STF: anteriormente, a Primeira Turma da Corte já havia sentenciado a parlamentar a 10 anos e 8 meses de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos na plataforma do órgão, em 2023.
O caso segue em atualização, mas até o momento, a Justiça italiana mantém a posição de que Zambelli deve permanecer detida até que se conclua o procedimento de extradição.


