Em 1991, aos 19 anos, Jennifer Asbenson quase perdeu a vida após aceitar uma carona de um desconhecido enquanto tentava chegar ao trabalho em Palm Desert, Califórnia. A jovem, que havia perdido o ônibus, foi abordada por um homem que se ofereceu para levá-la. Após deixá-la no trabalho, ele pediu seu número de telefone, e Jennifer, sem interesse, forneceu um número falso.
No dia seguinte, ao sair do trabalho, o mesmo homem a esperava e insistiu em levá-la para casa. Durante o trajeto, ele confrontou Jennifer sobre o número falso, tornando-se violento. Ele a agrediu, amarrou seus braços e a levou para uma área deserta, onde a estuprou e tentou matá-la. Jennifer descreveu o momento como uma experiência de quase morte, afirmando que sentiu paz e acreditou ter morrido.
O agressor era Andrew Urdiales, um ex-fuzileiro naval de 32 anos, que mais tarde confessaria o assassinato de oito mulheres. Jennifer foi a única vítima que conseguiu escapar. Durante o ataque, ela foi colocada no porta-malas do carro, mas aproveitou um momento de distração do criminoso, que ficou preso na areia, para fugir. Ela correu por sua vida e, após ser ignorada por um carro, conseguiu ajuda de um caminhoneiro.
Apesar da brutalidade do crime, a polícia inicialmente tinha poucas evidências. Apenas cinco anos depois, Jennifer foi contatada pelas autoridades e identificou Urdiales em uma linha de reconhecimento. Ele já havia confessado o crime e sabia detalhes íntimos sobre Jennifer. Condenado à morte em 2002, Urdiales se suicidou na prisão em 2018.
Hoje com 51 anos, Jennifer é palestrante e defensora de sobreviventes de traumas. Ela escreveu um livro autobiográfico, “The Girl in the Treehouse”, onde relata sua experiência e recuperação. A maternidade, especialmente o nascimento de sua filha Geo em 1996, foi um ponto de virada em sua vida. Jennifer afirma que o criminoso “nunca mais terá controle sobre suas emoções”.
