As vendas de produtos brasileiros para os Estados Unidos sofreram uma redução de 18,5% em agosto, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (4/9) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Essa retração é consequência direta da tarifa de 50% imposta pelo governo do presidente Donald Trump, medida que entrou em vigor no dia 6 de agosto e afetou diversos setores da produção nacional.
Apesar da queda significativa, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 2,76 bilhões no mês. Por outro lado, as compras de produtos norte-americanos pelo Brasil registraram alta de 4,6%, alcançando US$ 3,99 bilhões. Com esses números, a balança comercial entre os dois países fechou agosto com um déficit de US$ 1,23 bilhão para o Brasil. A corrente de comércio — soma das exportações e importações — caiu 6,3%, totalizando US$ 6,76 bilhões.
No acumulado de janeiro a agosto, as exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 1,6%, chegando a US$ 26,58 bilhões. As importações, no entanto, aumentaram em ritmo mais acelerado, com alta de 11,4%, somando US$ 29,97 bilhões. O resultado foi um déficit comercial de US$ 3,39 bilhões no período, embora a corrente de comércio tenha subido 6,6%, atingindo US$ 56,55 bilhões.
No cenário geral da balança comercial brasileira, o país registrou superávit de US$ 6,13 bilhões em agosto. Isso significa que as exportações superaram as importações. Conforme o MDIC, as exportações totais cresceram 3,9% em relação a agosto de 2024, somando US$ 29,86 bilhões. Já as importações diminuíram 2%, totalizando US$ 23,73 bilhões.
Entre janeiro e agosto de 2025, o superávit comercial acumulado foi de US$ 48,8 bilhões. As exportações no período atingiram US$ 227,58 bilhões, um aumento de 0,5%, enquanto as importações somaram US$ 184,77 bilhões, com crescimento de 6,9%. A corrente de comércio do mês de agosto foi de US$ 53,59 bilhões, alta de 1,2% frente ao ano anterior. No total do ano, esse indicador alcançou US$ 412,35 bilhões.


