O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou preocupação nas redes sociais com a crescente aproximação entre Índia, Rússia e China. Em publicação na Truth Social, Trump declarou que os EUA “perderam” Índia e Rússia para a China, e ironizou desejando “um futuro longo e próspero juntos” aos países.
A declaração foi feita após a realização da Cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), sediada na China, que reuniu líderes de nove países-membros, incluindo China, Rússia, Índia, Irã e outros países da Ásia Central. Entre os participantes estavam o presidente russo Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o líder norte-coreano Kim Jong-un. O encontro contou com reuniões diplomáticas e um desfile militar de grande porte, no qual a China exibiu seu poderio bélico e celebrou o 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês, que marcou o fim da ocupação japonesa na Segunda Guerra Mundial.
Trump interpretou a presença conjunta de Putin e Kim Jong-un como um sinal de conspiração contra os Estados Unidos e, em tom sarcástico, enviou “calorosos cumprimentos” aos dois líderes. O republicano também criticou o presidente chinês, Xi Jinping, insinuando que ele deveria reconhecer o papel crucial dos EUA na libertação da China da ocupação japonesa, mencionando o “sangue” e o “sacrifício” de soldados americanos durante a guerra.
A manifestação de Trump reflete tensões geopolíticas crescentes, especialmente em um contexto de realinhamento de forças globais, com a China buscando ampliar sua influência diplomática e militar na Ásia e no mundo. A presença de líderes de países considerados adversários estratégicos dos EUA no evento chinês reforça os temores de Washington sobre o fortalecimento de uma aliança antiocidental.
O desfile militar, transmitido pela TV estatal chinesa, foi marcado por símbolos de paz e nacionalismo, com milhares de bandeiras vermelhas sendo agitadas pelo público. Para Trump, o evento representa mais do que uma celebração histórica: é um alerta sobre a perda de influência americana em regiões-chave do mundo.


