Cheryl Simmons, moradora de Detroit, ainda busca justiça pela trágica morte de sua filha, Julie Williamson, ocorrida em julho de 2016. Julie, de 27 anos, foi encontrada gravemente ferida na frente de sua casa, com múltiplas fraturas, órgãos internos danificados e lesões na cabeça. Ela faleceu após uma semana em suporte de vida, após sofrer 30 AVCs.
Julie havia conhecido Michael Rosenmund pouco depois de terminar um relacionamento com o pai de sua filha, Jim, considerado por Cheryl como o amor da vida da filha. Vulnerável emocionalmente, Julie se envolveu com Rosenmund, que logo demonstrou comportamento agressivo e controlador. Cheryl relata ter tido uma má impressão dele desde o início e chegou a bani-lo de sua casa.
Na manhã de 10 de julho de 2016, Rosenmund chamou uma ambulância alegando que Julie havia escorregado e sido atropelada acidentalmente por seu carro após uma discussão. No entanto, as lesões extensas e inconsistências na versão de Rosenmund levantaram suspeitas. Apesar disso, ele foi inicialmente condenado por direção imprudente, recebendo apenas seis meses de prisão e dois anos de liberdade condicional — uma sentença que causou indignação na família.
Cheryl descobriu posteriormente que Rosenmund já havia sido preso por tráfico de drogas e estava em liberdade condicional quando conheceu Julie. Mesmo assim, o acordo judicial reduziu as acusações, e Rosenmund foi libertado um dia antes do terceiro aniversário da morte de Julie, com o registro classificando o caso como acidente.
Mais de 1.800 pessoas compareceram ao memorial de Julie, que era conhecida por seu espírito generoso, trabalho com caridade e dedicação à maternidade. Cheryl, que considera a filha sua melhor amiga, lamenta a impunidade e deseja que sua neta, Ari, cresça em um mundo onde a vida das mulheres valha mais do que “seis meses de prisão”.
