
A Justiça de São Paulo sentenciou, em primeira instância, o ex-assessor da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Andocides Gomes Bezerra, a 10 anos, 10 meses e 20 dias de prisão em regime fechado por estupro de vulnerável. O crime foi cometido contra uma menina de 8 anos, em dois episódios ocorridos em fevereiro e abril de 2015.
De acordo com o processo, Andocides, que era colega de trabalho de um familiar da vítima, teria se aproveitado da relação de proximidade com a criança para cometer os abusos. Em um dos casos, ele teria convidado a menina para brincar de esconde-esconde e, durante a brincadeira, forçado a mão dela em sua genitália, além de beijá-la repetidamente. A violência cessou quando uma amiga da mãe da criança chegou ao local.
O réu, de 55 anos, é publicitário e atuou em diversos cargos na Alesp entre os anos de 2001 e 2007. Além da pena de prisão, o juiz Fernando Oliveira Camargo determinou que ele pague uma indenização de R$ 50 mil à vítima.
Na sentença, o magistrado destacou que os relatos das vítimas foram coerentes e detalhados, não havendo sinais de que tivessem a intenção de prejudicar o acusado. A defesa de Andocides tentou obter a absolvição alegando falta de provas e solicitou a reclassificação do crime para importunação de intimidades, o que implicaria uma pena mais leve. No entanto, os pedidos foram negados pela Justiça.
Após a condenação, a defesa entrou com um recurso que será analisado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Até o momento, os advogados do ex-assessor não se pronunciaram sobre o caso. O espaço continua disponível para manifestações.


