Um ato desesperado de um pai no Texas, Estados Unidos, mudou o rumo da história de um paciente que havia sido declarado sem chances de recuperação após um derrame. Em janeiro de 2015, George Pickering, então com 67 anos, entrou armado no Centro Médico Regional de Tomball para impedir que a equipe desligasse os aparelhos do filho, George Pickering III, de 27 anos.
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O jovem havia sido diagnosticado com morte cerebral, e a família já havia sido informada sobre a possibilidade de doação de órgãos. A decisão médica, no entanto, não foi aceita pelo pai, que acreditava que ainda havia sinais de vida. “Eles estavam se movendo muito rápido. O hospital, as enfermeiras, os médicos. Eu sabia que se tivesse três ou quatro horas naquela noite saberia se George estava com morte cerebral (…) Naquele ponto, eu estava cego. Tudo o que eu sabia era que precisava ter esse tempo com George”, contou Pickering à emissora KPRC-TV.
A ação gerou pânico no hospital e mobilizou a polícia, incluindo uma equipe da SWAT. Testemunhas relataram que ele chegou a gritar: “Eu vou matar todos vocês”. Durante quatro horas, as negociações se estenderam, enquanto o pai permanecia ao lado do filho. Nesse período, ele disse ter sentido o rapaz apertar sua mão repetidas vezes, o que para ele era prova de que ainda havia atividade cerebral.
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O impasse terminou quando a polícia confirmou que Pickering não estava mais armado. Ele se entregou pacificamente, mas foi preso e permaneceu detido por mais de dez meses por “assalto agravado com arma mortal”.
Semanas depois, exames confirmaram que George III tinha condições de recuperação. O filho sobreviveu e fez questão de defender o gesto do pai. “Houve uma lei violada, mas foi violada por todas as razões certas. Estou aqui agora por causa disso. Foi amor (…) O importante é que estou vivo e bem, meu pai está em casa e estamos juntos novamente”, declarou.
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