Em resposta a uma série de incursões aéreas não autorizadas atribuídas à Rússia, países europeus estão se unindo para construir um sofisticado “muro de drones” ao longo de suas fronteiras com a Rússia e a Ucrânia. A iniciativa visa detectar, rastrear e neutralizar drones invasores antes que eles representem ameaças significativas, evitando o uso imediato de caças e mísseis de altíssimo custo, que podem ultrapassar R$ 5 milhões por unidade.
O plano foi acordado por ministros da Defesa de nações da linha de frente da OTAN, como Polônia, Romênia, Bulgária e os países bálticos. A Ucrânia, embora não faça parte oficial do projeto, está contribuindo com sua expertise em combate a drones, adquirida ao longo do conflito com a Rússia.
A decisão surge após uma série de incidentes recentes, incluindo a violação do espaço aéreo da Estônia por caças russos MiG-31 e a presença de drones não identificados sobre aeroportos dinamarqueses, levando ao fechamento temporário de terminais como o de Copenhague. Autoridades da Dinamarca classificaram os voos como parte de “ataques híbridos” possivelmente orquestrados por Moscou.
O presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já havia solicitado um sistema de defesa aérea em camadas. Agora, a proposta do “muro de drones” inclui o uso de radares avançados, inteligência artificial, torres automatizadas, drones interceptadores e câmeras de vigilância.
Durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que os países da OTAN “não devem hesitar” em abater aviões russos que invadam o espaço aéreo europeu. A declaração veio após três caças MiG-31 russos entrarem no espaço aéreo da Estônia, sendo repelidos por F-35 italianos. Trump enfatizou que a resposta deve ser imediata e proporcional para proteger a soberania dos países aliados.
A Rússia nega envolvimento direto nas incursões e sabotagens, mas autoridades europeias, incluindo o ministro da Defesa da Polônia, alertam que a ameaça russa é real e requer medidas radicais.


