
Uma corrida beneficente organizada pelo London Muslim Centre e pela East London Mosque, em Londres, está gerando forte repercussão após ter excluído a participação de mulheres. O evento, realizado no último domingo, foi promovido online como uma corrida inclusiva de 5 km, aberta a “corredores e apoiadores de todas as idades e habilidades”. No entanto, participantes e críticos apontaram que, na prática, mulheres foram impedidas de competir, o que gerou acusações de discriminação de gênero.
O Secretário das Comunidades do Reino Unido classificou a exclusão como “horrível” e “chocante”, destacando que eventos públicos organizados em comunidades diversas devem promover a igualdade e a inclusão. Ativistas pelos direitos das mulheres também condenaram a decisão dos organizadores, afirmando que ela contradiz os princípios de igualdade de gênero defendidos pelas leis britânicas.
Os organizadores do evento ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as críticas, mas fontes próximas à organização alegam que a decisão foi tomada com base em normas culturais e religiosas. A controvérsia reacende o debate sobre como equilibrar práticas religiosas com os valores democráticos e os direitos civis em sociedades multiculturais.
O episódio também repercutiu internacionalmente. Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou o caso durante uma coletiva de imprensa, dizendo que “a exclusão de mulheres em qualquer evento público é inaceitável”. Ele reforçou que os Estados Unidos continuam comprometidos com os direitos das mulheres em todo o mundo.
A polêmica levanta questionamentos sobre como instituições religiosas e culturais devem se adaptar às normas de igualdade em países ocidentais, e se é possível conciliar tradição e inclusão em eventos comunitários.


