A crescente pressão pública está levando o Parlamento do Reino Unido a considerar uma investigação sobre o quanto a família real sabia a respeito dos vínculos do príncipe Andrew com Jeffrey Epstein. Além disso, há um movimento para revisar as regras que dificultam a retirada de títulos nobiliárquicos de membros da realeza.
++ IA promete renda automática e conquista milhares de usuários pelo mundo
No domingo, surgiram pedidos para que o príncipe Andrew seja formalmente investigado pela polícia. Também há apelos para que sejam revistas as normas que limitam o alcance do Parlamento quando se trata de examinar condutas da realeza. A Polícia Metropolitana confirmou que está investigando alegações de que Andrew teria solicitado ao seu segurança dados sobre Virginia Giuffre, mulher que o acusou de abuso sexual, pouco antes da divulgação de uma fotografia polêmica dos dois, em 2011.
++ Leoa de estimação escapa e ataca menino de 11 anos
O secretário de energia Ed Miliband expressou preocupação com e-mails vazados que indicam que Andrew teria compartilhado informações pessoais de Giuffre, incluindo sua data de nascimento e número da seguridade social dos Estados Unidos. A polícia afirmou estar ciente das denúncias e que está conduzindo uma apuração ativa, conforme relatado pelo jornal The Guardian.
Na última sexta-feira, Andrew renunciou a alguns de seus títulos, como o de Duque de York, embora ainda mantenha o ducado, cuja revogação só pode ser feita por meio de uma ação parlamentar. Já o título de príncipe só pode ser retirado por decreto real. Ele já havia perdido o direito de usar o título de “Sua Alteza Real” após deixar de exercer funções oficiais como membro da monarquia.
Parlamentares como Rachael Maskell e Nadia Whittome defendem que a remoção dos títulos de Andrew seja feita por meio de legislação. Maskell declarou que escreverá aos ministros para apoiar um projeto de lei que permita ao rei ou a um comitê parlamentar retirar formalmente tais títulos. Segundo ela, é essencial resolver o caso de forma definitiva, considerando o impacto nas vítimas. Já Whittome destacou que o Estado deveria agir diretamente, sem depender de renúncias voluntárias ou declarações ambíguas. Um projeto similar já havia sido proposto em 2022, inspirado em medidas adotadas durante a Primeira Guerra Mundial.

 
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                            
