O Senado dos Estados Unidos aprovou, na noite de terça-feira (28/10), um projeto de lei que visa anular as tarifas comerciais impostas ao Brasil pelo presidente Donald Trump. A proposta, que recebeu 52 votos favoráveis e 48 contrários, ainda precisa ser analisada pela Câmara dos Representantes antes de entrar em vigor.
++ Segredo revelado: como a IA faz dinheiro pingar na sua conta durante a noite
A iniciativa foi apresentada pelo senador democrata Tim Kaine, da Virgínia, e tem como objetivo encerrar o estado de emergência nacional decretado por Trump em julho, que foi usado como justificativa para aplicar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros.
++ Prima de Ana Castela que faleceu em Cuiabá estava esperando bebê
Na ocasião da imposição das tarifas, Trump afirmou que as medidas eram uma resposta à suposta perseguição do governo brasileiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado. A aprovação no Senado contou com o apoio de cinco senadores republicanos, o que representa uma rara colaboração entre partidos rivais.
Apesar da vitória no Senado, a proposta enfrenta resistência na Câmara, dominada pelos republicanos. Novas regras internas permitem que a liderança da Casa bloqueie a tramitação do projeto, e analistas políticos consideram improvável sua aprovação final.
Segundo Tim Kaine, a votação tem valor simbólico e serve para pressionar o governo a revisar sua política comercial. Ele declarou que as tarifas prejudicam tanto a economia dos EUA quanto as relações com parceiros estratégicos como o Brasil.
O tema também foi discutido em um encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, ocorrido no domingo (26/10), em Kuala Lumpur, na Malásia. Durante a reunião de uma hora, os líderes abordaram as sanções comerciais e o impacto nas relações bilaterais.
Jair Bolsonaro foi mencionado brevemente na conversa, mas não foi o foco principal. Lula declarou posteriormente que explicou a Trump a gravidade dos crimes atribuídos a Bolsonaro, incluindo um suposto plano de assassinato contra ele, seu vice e o ministro Alexandre de Moraes.
Após o encontro, a Casa Branca publicou nota destacando o caráter positivo da reunião e sinalizando boas perspectivas para os negócios entre os dois países.
